Espera à Noite

Em noites mais frias,
Sinto o medo,
Sinto a dor.
Medo, de não poder te ver.
Já que não posso mais viver.
Dor, de não sentir mais teu calor,
De não sentir por ti o amor.
Vejo o orvalho em cada canto,
E o medo já não some com o meu canto.
Não ouço mais minha voz,
Mas sinto minha respiração feroz.
Em minha casa, te vejo evanescente.
Enxergo nosso passado, transparente.
Minhas lágrimas caem inconscientes.
Com um grito, berrante!
Uma dor mais forte, de Repente,
O sofrimento se torna eminente.
Nas brechas da janela, tem a aurora quase latente.
O sol surgindo, calmamente.
Se torna algo irritante,
Quando se espera mortiçamente.

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